13 de nov. de 2012

O futuro da internet: mais interação?


 
Nos últimos anos, o mundo viu o surgimento desta coisa maluca que é a nossa querida internet. Sim, não vivemos sem ela, passamos 24h conectados e ela está mudando constantemente, coisas novas surgem a cada dia nesta potente arma de comunicação que é a internet. Mas e o futuro dela, o que nos aguarda nos próximos anos?

A cada dia mais dependemos dela para se comunicar e interagir com o mundo. É Facebook, Twitter, sites de notícias, já foi Orkut, MSN, enfim, é preciso ter em mente que o Facebook um dia vai acabar, como foi o Orkut, e, certamente, vamos para uma outra rede social, a surgir.

Aliás, as redes sociais são o grande norte da internet e serão por vários anos, mas a internet não se limita as redes sociais. Outras coisas importantes são o futuro da internet, como a magia que os celulares smartphones trouxeram, Iphones e Galaxys, fazem de tudo e continuarão fazendo por muito tempo ainda, esses pequenos aparelhos são como filhos e companheiros para muita gente, e nos dá a fantástica experiência de navegar na internet em qualquer local, no supermercado até o ônibus. E esta gama de interação que a internet traz só aumentará nos próximos anos.

A internet é fantástica, só ela pode nos proporcionar, falando de jornalismo esportivo, ver um jogo de futebol ao vivo na Áustrália, ou trocar ideias com um jornalista do Azerbaijão sobre o desempenho do time de lá na liga de vôlei, e com a maior velocidade das redes banda larga, isto pode ser o futuro do jornalismo esportivo na internet.

O Futuro da grande rede está reservado a interação de mídias, a chamada e famosa convergência de mídias, a TV vai twittar, o rádio vai mandar mensagem pela internet, o celular vai ser comprador de gasolina. Enfim, tudo vai se comunicar entre si pela internet. A nós, cabe seguir esta mudança louca que a internet nos proporcionar no futuro próximo.

7 de nov. de 2012

Obama de novo? Yes, we have



Vocês não estão lendo errado, é uma mistura de português com inglês pois o assunto que trato nesta quarta-feira, é o assunto mais comentado neste dia. Claro que só posso estar falando da reeleição de Barack Obama na Presidência dos Estados Unidos, algo que foi consumido na madrugada de hoje aqui no Brasil. Obama, de carisma inigualável, como em 2008, venceu uma eleição disputada contra o republicano Mitt Romney.

A Eleição do Presidente da Potência mais poderosa do Mundo sempre atraiu olhares do planeta, mas com um líder carismático como é Barack, esta atenção se torna mais especial.

Foram mais de 60 milhões de voto em Obama contra 57 milhões de Romney, mas isto pouco conta lá nos EUA, pelos lados de lá, o que mais conta é nos estados da federação, mas o número obtido pelo democrata mostra que os americanos, especialmente, os de camadas mais pobres da população gostaram do governo e colocaram Obama de novo no Poder. As minorias norte-americanas, de onde veio o próprio presidente, como negros, latinos, homossexuais, que decidiram a eleição a favor de Obama.

Para o Mundo em geral, a reeleição de Obama significa a continuidade de uma política de boa-vizinhança com as nações do mundo, exceto aquelas que estão em algum tipo de atrito com os EUA, casos de Irã, Síria. O temor internacional de uma derrota de Obama era que o republicano voltasse com o protecionismo exagerado feito durante o fatídico governo Bush, o que atrapalhou a economia global num todo.

No mais, tenho que parabenizar a simpática figura de Obama, um presidente que joga basquete na Casa Branca, é capaz de se solidarizar e ir a frente nas horas em que o povo mais precisa, como na semana passada no episódio do Furacão Sandy. Vida longa a Barack Obama.

6 de nov. de 2012

Uma reflexão ecológica

Este texto foi escrito pelo Biólogo Joaquim Teixeira e nos leva a uma reflexão sobre a construção da Usina de Belo Monte



Muito tem se falado a respeito de Belo Monte, como sendo a perdição nacional por movimentos ambientalistas ou como um grande empreendimento digno de um país em crescimento como o Brasil. Vi algumas coisas a respeito de que os índios não veriam a usina como algo negativo, mas até desejariam e alguns comentários até um pouco superficiais falando que não haveria outra opção: ou construímos a usina ou entramos em apagão. Bom, vamos esclarecer os  pontos.

Realmente existem populações que serão muito prejudicadas diferente do que já vi em alguns vídeos. [1,2] A questão indígena é muito cruel no Brasil ainda hoje como, por exemplo, a dos índios guarani kaiowa. Hidrelétricas no eixo centro-sul, como a grande Itaipu pagam royalties a municípios afetados, o que parece não ser cogitado para os índios queixosos.

Os custos de uma hidrelétrica não são nenhum pouco baratos, Itaipu custou 14 bilhões de dólares na época [3]. Como ainda não foi construída há valores que vão de US$ 3,7 bilhões [4] a R$ 31,2 bilhões de reais que transformando em dólar dá uns US$ 15 bilhões [5]. Os custos da energia eólica são de uns 3 mil ou 4 mil reais por KW ou R$ 3,3 milhões por MW [6],o que dá uns R$ 4 bilhões por GW ou R$18 bilhões em um  substituto a uma belo monte de 4500 MW ou 4,5 GW. Um fato interessante e que poderia ser explorado é o custo de nossa energia eólica:

Muitos países vêm se adequando a essa "onda verde" boa parte deles do 1º mundo [7]. A Alemanha é um ótimo exemplo disso com 25% de energia eólica [8]. Claro tem momentos que eles precisam comprar energia em estações sem vento, por outro lado eles também vendem em estações com muito vento a energia excedente. Temos um  potencial bom de ventos, não tão bom quanto de alguns países, mas ainda sim explorável.

Os impactos são mínimos: poluição visual e o barulho gerado. Mas nunca um parque eólico fica muito próximo de cidades e se perto de uma floresta é bem melhor só interferir no comportamento dos animais da região do que destruir tudo. Sem contar que uma torre eólica pode ser desmontada sem muitos custos para ser remontada em outro lugar.

Um país tropical como o nosso também poderia explorar o sol como fazem outros países diga-se não tão abençoados pelo sol, como os EUA [9]. Pode sim ser uma fonte cara, mas o caro é apenas por não haver investimento em uma única área: pesquisa científica. Temos uma tradição em construção de  Hidrelétricas, mas por que não mudar e investir em algo diferente? Explorar o sol de regiões como o Nordeste poderia ser uma oportunidade e até uma fonte de desenvolvimento para a região, partindo do preceito de sustentabilidade:  socialmente justo, economicamente viável, culturalmente aceito  e ecologicamente correto. Em um caso desses só precisaríamos reduzir os custos criando a tecnologia. Pode ser difícil, mas o Brasil é, por exemplo, pioneiro em extração de petróleo marinho pois viu suas ricas reservas e investiu na área por que não fazer o mesmo com a energia solar?

Hidrelétricas possuem muitos impactos tão ou até mais danosos que uma termoelétrica como, por exemplo, a liberação de gás carbônico vindo da decomposição de árvores o que agrava o efeito estufa. Ou seja, uma hidrelétrica pode gerar gás carbônico o que não é muito comentado. Em áreas menores é apenas aberta uma concessão para exploração de árvores já que elas vão morrer mesmo. Mas em alagadouros maiores, fica impossível desmatar toda a área, o que gera as emissões de gás carbônico. Outro efeito do gás carbônico é o aumento da acidez na água o que é muito danoso para peixes e plantas aquáticas, o que pode levar a eutrofização da água de um alagadouro e a morte de peixes em áreas que recebem a água pós-turbina, outro ponto pouco pensado.

E mais importante, uma hidrelétrica possui "prazo de validade", pois com o
assoreamento, causado pelos sedimentos carregados pelo rio e depositados na área alagada, ela será entupida rapidamente. Uma Itaipu da vida tem uns 200 ou 300 anos de duração, já uma Belo Monte pode ter uma vida útil de apenas 50 anos [10]. Destruir uma área como a de Belo Monte, mudar de lugar centenas de pessoas, impactar a água a dezenas ou até a centena de quilômetros de distância não vale o investimento e o tempo de vida tão pequeno. Uma criança de 10 anos no dia da inauguração estará viva com
certeza para ver os efeitos da usina quando ainda estiver trabalhando. E esses
sedimentos não podem ser retirados, pois custaria umas 3 ou 4 belo montes para fazê-lo.

Sem contar o impacto no padrão de reprodução de peixes que são importantes para o ecossistema como para pessoas que os pescam. Esses ribeirinhos seriam impedidos de pescar em certas épocas do ano (no período de reprodução) para compensar o impacto tendo que receber ajuda do estado o que seriam mais despesas.

A construção de uma usina como Belo Monte realmente causará mais prejuízos do que lucros. Obviamente não podemos ficar sem energia, mas será que tem sido investido em fontes alternativas de energia como deveria ou poderiam ser encontradas alternativas menos danosas?

Extras:

Referências:
[3] http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1374763-5598,00 SAIBA+MAIS+SOBRE+A+HIDRELETRICA+DE+ITAIPU.html
[4] http://www.socioambiental.org/esp/bm/inv.asp