Por Leonardo Martins
Como um especial que sou e já na
pós-graduação, este tema da educação inclusiva já foi bastante discutido e
vivenciado por mim em outros ambientes, porém, neste blog é a primeira vez que
falo dele. A educação inclusiva é um dos temas mais importantes dentro do mundo
do deficiente, em qualquer tipo e grau, pois é a chance de o especial ser
incluído na sociedade e receber uma educação como as outras pessoas.
Porém, o que se discute na área
acadêmica é colocado de maneira errada na prática e essa educação inclusiva,
tão propagada por Governos, acaba sendo um instrumento de exclusão. Educação
inclusiva é mais do que simplesmente
jogar o especial numa sala com 40 meninos bagunceiros e uma professora mal
preparada e mal remunerada. Precisa-se criar condições para que este especial
se inclua dentro da escola como se fosse um aluno normal, claro que com suas
limitações.
Para ter uma educação inclusiva
de sucesso a escola precisa ter, acima de tudo, recursos acessíveis para o
deficiente frequentar a escola. Quando falo em acessibilidade não estou falando
só de rampás e banheiros adequados para cadeirantes, pisos táteis para pessoas
com dificuldade de enxergar, mas também estou falando de recursos eletrônicos
para cegos lerem textos, intérpretes de LIBRAS para os surdos e,
principalmente, saber lidar com as dificuldades que os especiais apresentam,
coisa que vem de atitude.
E esta educação inclusiva precisa
ter em todos os ambitos da educação, desde o ensino infantil até as faculdades
e universidades. Falta ainda muita oportunidade para os especiais acessarem a
educação, mas vejo que, aos poucos, esta realidade está melhorando e a educação
está mais inclusiva.