8 de mai. de 2014

Um transporte caótico



O transporte público deveria ser um dos pilares da administração de uma cidade, mas, infelizmente, no nosso país é algo com várias reclamações, especialmente em nossa cidade, Belo Horizonte. Como utilizador de ônibus e metrô e curioso acerca dos meios de infraestruturas de nossa cidade, posso falar acerca do assunto.

Primeiramente, vale salientar que o problema do transporte público não existe partido x ou y que não olha o problema, pois são todos os partidos que passam ou passaram pelo poder que não investiram em transporte público, especialmente em BH. Mas vamos por partes.

Primeiramente, falemos dos ônibus. A implantação do Sistema Move, o BRT de BH, vem caminhando a passos de tartaruga, a 37 dias da Copa do Mundo, o evento que impulsionou a implantação do sistema em BH, não chegou ao estádio que irá receber os jogos. O corredor da Antônio Carlos só irá ser inaugurado na segunda quinzena deste mês e promete ser mais um momento caótico, assim como foi visto no Corredor Cristiano Machado quando da inauguração em março.

O BRT veio para facilitar a vida da população, mas o amadorismo da BHTRANS para gerir o sistema e divulgar as novidades que causa este tipo de stress e confusão nas pessoas. Pois, várias linhas foram e serão extintas e o órgão não fez uma propaganda nos meios de comunicação para informar as mudanças. O que se viu foi só reclamações na estação São Gabriel.

Ainda no BRT, mas no segmento metropolitano do Move. O já conhecido problema das linhas metropolitanas se viu na implantação do Move, são linhas com quadro de horários horríveis e confusões de informações.

Saindo do BRT, os ônibus convencionais estão agarrados no trânsito caótico de Belo Horizonte e seus passageiros enfrentam lotação nos veículos, muito calor e desconforto. Os deficientes e pessoas com dificuldade de locomoção enfrentam problemas nos elevadores dos ônibus, que, por muitas vezes, estão estragados e atrapalham.

Outro modal de transporte existente na capital mineira é o Metrô, ou melhor, trem de superfície. Trem de superfície é porque, o metrô de BH não pode ser chamado de metrô, devido a simplicidade e a precariedade do sistema, são trens francêses da década de 80, o fato de apenas ter uma linha, são alguns dos problemas desse meio de transporte. O que atrapalha o sistema de  Metrô é a falta de investimentos por parte dos governantes. A expansão do Metrô de  BH vem se arrastando durante 30 anos e por enquanto só promessas são feitas  e nada sai do papel. Vamos ver se agora o Metrô de BH vira um metrô de verdade e atenda as principais populações da capital e região metropolitana.