29 de dez. de 2010

25 anos de casado


Como este blog é pessoal e posso falar de tudo, quero, nesta quarta-feira, fazer uma homenagem a uma data muito importante que aconteceu ontem. Na terça-feira, 28 de dezembro, meus pais completaram 25 anos de casado, ou seja, completaram bodas de prata.

25 anos, um quarto de século, muita gente acha que é pouco tempo, mas, na verdade é uma eternidade. Muitas emoções, sofrimentos, dúvidas, alegrias, foram vividos nestes 25 anos de casado de vocês né pai né mãe? Os nascimentos meu e do meu irmão, todo o sofrimento até achar qual era o problema meu, a nossa infância, as crises da adolescência, tudo isso vocês dois passaram bem por isso.

Claro que há momentos de tristeza, mas vocês me deram tudo que sou hoje, e acredito que o meu irmão compartilhe do mesmo sentimento que eu. Afinal, se vocês não tivessem se conhecido, há quase 30 anos atrás, e começado a construir uma relação forte e unida, nossa família não tivesse existido. Eu não tivesse nascido e vivido essas emoções que tenho o maior prazer de ter vivido.

Enfim, que vocês continuem me dando sabedoria, força, carinho e peço a DEUS que nada separe nossa família e que cada vez seja mais unida.

Parabéns PAI E MÃE pelas Bodas de Prata e Amo os dois.

23 de dez. de 2010

Chegou o Natal

O final do ano é sempre aguardado pelas festas de Fim de Ano, Natal e Ano Novo. Como o Natal é amanhã, me deterei a festa que é, popularmente, a do Papai Noel. Enfim, chegou o Natal.

Quando fala em Natal, lembra-se de ceia, família reunida, comida, presentes e outras coisas. Mas, muitas vezes, as pessoas se esquecem do principal motivo do Natal, comemorar o nascimento de Jesus Cristo e não partilham a solidariedade, que é uma coisa muito propagada pela igreja nesta época.

Mas o Natal nos traz lembranças inesquecíveis e, particularmente, especiais. Lembro-me que sempre acordava na manhã do dia 25 e procurava, ansiosamente, o presente que, supostamente, Papai Noel havia deixado. Lembro-me também da alegria que todos estavam a mesa, alegria que presencio todo ano e que deve ser sempre o norte do Natal.

O Natal é mais do que ganhar presentes, comer coisas diferentes, significa a chance de pessoas se reaproximarem, se reconciliarem. O Natal é uma época que a paz deve reinar sobre o mundo e quando isto ocorre, o mundo fica mais simples e feliz.

FELIZ NATAL!!!

19 de dez. de 2010

A vergonha de Brasília


 Entra ano sai ano e a política brasileira não muda, a última que veio da capital federal não é uma novidade tão grande para a população. Os deputados e senadores aprovaram, em meio a esta época de natal, um aumento pomposo em seus salários, os senhores do congresso passarão a receber mais de 26 mil reais só de salários, um fato que envergonha toda a população brasileira.

Mas atitudes como estas, por mais que deixam-nos estarrecidos, não é nenhuma novidade perante a população. Quase todo final de ano é isto, aumentos significativos de salários no legislativo e a população que pouco faz para mudar isto. Porém, o povo sofrido que sua para conseguir o pão de cada dia está na mãos dos impostos, impostos que bancam estas mordomias.

Uma coisa que os deputados deveriam ter consciência ao concedê-los esses aumentos era de que uma mãe de família que recebe um salário mínimo e que sofre para manter a boca de seus filhos alimentada nunca vai ter oportunidade de receber o que um deputado irá receber em um mês (exceções tem é claro). O que nos deixa mais com vergonha é que deputados que achávamos que eram corretos votaram a favor do aumento.

Deveríamos cobrar explicações e ir a luta contra estes aumentos abusivos dos deputados, também deveríamos pedir um aumento maior do salário mínimo. O que fico pensando: dinheiro para aumentar o salário de deputado sempre tem, agora quando é o aumento do salário mínimo, é uma dificuldade enorme para se fazer.

15 de dez. de 2010

Dia monótono

Quarta-feira, 15 de dezembro, faltam dez dias para o natal, é um dia como qualquer outro, mas é uma coisa que pode ser intrigante e interessante. Eu penso: O que faz o dia ficar monótono? É só uma forma de como se vê o dia, o dia pode ser agitado, parado, sem graça, legal. Claro que cada dia é diferente do outro, mas temos que prestar atenção para não nos prendermos a monoteidade do dia (isso é um recado pra mim também), obvio que tem dia que gostamos de ser mais parados, outros que gostamos de ser mais agitados, mas nunca devemos reclamar da vida em que vivemos, basta viver da melhor maneira possível.

Enfim, pode parecer maluco, mas tem uma lógica, basta seguir ou não.

12 de dez. de 2010

Um belo horizonte


Neste domingo, uma parte de mim faz aniversário, não se trata de uma pessoa, mas de uma cidade. A cidade onde nasci completa 113 anos de muito vigor e um belo horizonte para todos que conhecem esta cidade que amo tanto.

Falar o que dessa cidade? Bom, o que podemos falar é que ela é uma cidade fantástica, claro que tem seus problemas como qualquer metrópole do mundo. Mas o encanto de seu povo supera tudo, um povo acolhedor e sonhador, mas que não deixa de lutar para ter uma vida melhor.

Belo Horizonte dos barzinhos em cada esquina, o que a torna a capital mundial dos botecos, a noite que termina em um boteco. Belo Horizonte que mistura o ar de interior com a modernidade em seu jeito de ser. Belo Horizonte do Mercado Central, um local de confraternização entre os habitantes e os visitantes que se encantam pela cachaça mineira, o pão de queijo e outras iguarias famosas em todo o mundo.

Belo Horizonte de Cruzeiro, Galo e América, três paixões que são a alma da cidade e que tem como o Mineirão (reformado no momento), seu templo de veneração desta paixão. Belo Horizonte da Pampulha, um local que nasceu de um sonho e virou cartão postal do mais belo horizonte do mundo com suas obras arquitetônicas, que encantam todo o mundo.

Belo Horizonte das montanhas, uma marca registrada das Minas Gerais e que tem em sua capital sua entidade máxima com a Serra do Curral abençoando a cidade. Belo Horizonte que acolhe muito bem os moradores de outras cidades que ganham o pão de cada dia com o trabalho nesta cidade, casos dos moradores de Contagem, Betim, Sabará, Santa Luzia, Vespasiano, Nova Lima, Ibirité e outras cidades que compõem o entorno de Belo Horizonte.

Mas tem um lugar especial dessa cidade que quero destacar, que é o meu preferido. O Mirante das Mangabeiras, um lugar espetacular com uma vista linda da cidade, especialmente, a noite, quando vi a vista pela primeira vez, me emocionei bastante, porque eu vi como a cidade que eu moro é tão linda.

Bom, eu amo esta cidade e tudo que ela já me proporcionou e ainda vai me proporcionar. Obrigado Belo Horizonte por existir.

11 de dez. de 2010

Das vantagens de ser bobo


Este texto foi escrito pela talentosíssima Clarice Lispector e merece nossa reflexão de atitudes de nossas vidas e me vi neste texto:

- O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar no mundo.

- O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

- Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

- O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem.

- Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas.

- O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver.

- O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes o bobo é um Dostoievski.

- Há desvantagem, obviamente: Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era a de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro.

- Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.

- O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem nota que venceu.

- Aviso: não confundir bobos com burros.

- Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a frase célebre: “Até tu, Brutus?"

- Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

- Os bobos, com suas palhaçadas, devem estar todos no céu.

- Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

- O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.

- Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos.

- Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham vida.

- Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

- Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita o ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

- Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cimas das casas.

- É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Todo mundo tem seu lado bobo, mas isto significa que não temos que ser 100% bobos, temos que ser espertos para algumas coisas da vida também.


8 de dez. de 2010

30 anos da morte de John Lennon


Há exatos trinta anos, o Mundo chorava a morte de um ícone da música, o eterno Beatles John Lennon. Lennon foi vitima do fanatismo de um fã que o matou em seu apartamento em Nova York, mas vive até hoje na mente de quem viveu o auge dos Beatles.

Com apenas 22 anos de idade, obviamente, não vivi a fase dos Beatles, mas sei de sua influencia no mundo da arte e até no mundo geral. Lennon, por sua vez, foi o mais brilhante dos 4 garotos de Liverpool, por isso tinha uma certa rivalidade com Paul MacCartney.

Lennon era um artista completo, compunha e cantava muito bem, um dos ícones da música é dele, a música “imedium”, que é uma composição de Lennon feita pouco antes de seu falecimento, é uma das músicas mais cantadas até hoje pelos fãs e pelos artistas. É inegável que John marcou época no mundo, influenciou gerações, assim como Elvis Presley e Michael Jackson, por isso devemos respeitar e idolatrar os feitos de John Lennon.

E é claro que a forma como ele morreu, sendo assassinado por um fã, o martiriza como herói para a geração que viveu. Por isto, os fãs de John devem homenagear este artista e lembrar com alegria das músicas dele.

6 de dez. de 2010

Considerações sobre o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência e a sua luta de todo dia

Este texto é de autoria de Alex Gabriel, mas como é acerca do tema deficiencia achei interessante colocá-lo no blog,

Uma breve consulta à internet foi o suficiente para proporcionar-me, há pouco, algum contentamento, visto que a mesma me notifica, em inúmeros resultados de uma busca ao Google, sobre ações promovidas pelo mundo afora em comemoração ao 3 de dezembro, escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para mais intensa conscientização acerca da condição e demandas da pessoa com deficiência. Assim, temos o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, em 3 de dezembro, e o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência (sic), em 21 de setembro, celebrado nesta minha pátria amada. Dezembro, aliás, consta de inúmeras datas comemorativas que, de algum modo, se relacionam dentro dessa temática inclusiva. Dentre elas, parece-me pertinente destacar ainda o Dia da Criança Defeituosa (sic), em 9 de dezembro, o Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro, e o Dia do Deficiente Visual, em 13 de dezembro.

Essas, diferentemente de datas comemorativas como o Natal, não existem para o culto a uma grande personalidade ou a um grande feito, constituindo-se, sim, como dias para a reflexão acerca do quanto há ainda por fazer no âmbito da inclusão e respeito concreto à cidadania do outro que não enxerga; que se locomove com dificuldade; que aprende/assimila as informações em tempo mais longo que os demais, ditos comuns; que não escuta; enfim, de todos aqueles que, por apresentarem-se física, mental e/ou sensorialmente fora do padrão de normalidade socialmente estabelecido, carecem de terem atendidas as suas peculiaridades, promovendo-se, assim, a concretização do ideal de igualdade e respeito à diferença. Essa, aliás, é a mais complexa e bela dualidade não raro trazida à baila nos contextos de discussão/estudo em inclusão social.

Pensar a luta cotidiana, todavia, é pensar, também, as histórias de sucesso; os bons resultados; os pontos de chegada alcançados por tantos indivíduos que, com suas cadeiras, bengalas e afins, perseguiram, obstinados, por anos a fio. Daí a pertinência de chamarmos de “data comemorativa” esse 3 de dezembro. Histórias de sucesso, conheço muitas, o que coloca-me na condição de um ser humano privilegiado enquanto colaborador de uma instituição que, a despeito das barreiras que se lhe apresentam nesse sentido, segue firme no seu propósito inclusivo. Assim, me vejo, todos os dias – seja no trabalho seja na vida pessoal –, premiado pela convivência com o ator surdo, com o jornalista com paralisia cerebral, com o cientista social cego, a psicanalista com baixa potência visual, o lingüista com limitações locomotoras e tantos outros.

Esses, no entanto, não devem ser tomados como modelos de pessoas com deficiência, o que, se ocorre, só faz ocasionar maiores preconceitos e promoção dos estereótipos. No contexto inclusivo há ainda gente – e gente bem intencionada, aliás – presa às concepções estereotipadas de indivíduos com limitações, defendendo, assim, a noção de que esses vivem em constante processo de superação. Não raro me chegam relatos de pessoas que, ao cumprirem com uma mera obrigação – como apresentar um bom trabalho acadêmico ou cumprir com seus horários no trabalho – tiveram suas ações exaltadas por trazerem consigo o estigma da deficiência. Assim, a deficiência se nos apresenta, ainda, como algo negativo a ser superado, por exemplo, por uma notável inteligência, uma inquestionável índole ou um generoso dom para as artes.

Promover as minorias por via de sua exaltação parece-me não ser um bom caminho, uma vez que, no contato com a realidade, não raro gera frustrações, além de ofuscar os impasses ainda existentes nesse contexto. Nesse 3 de dezembro, o Estadão noticiou que países desfavorecidos concentram 80% de incapacitados (sic), fazendo uma explanação sintética de dados da Organização Mundial  da Saúde (OMS). Segundo o Estadão, dos 65 milhões de pessoas que necessitam de cadeira de rodas, apenas um número irrisório tem sua demanda atendida nas regiões mais pobres. A notícia apresenta ainda números alarmantes em se tratando de empregabilidade e políticas de acesso para pessoas com deficiência. Partindo do contexto mundial para a minha vida pessoal, apresenta-se-me a irmã de uma amiga que, fisicamente limitada por ocasião de uma paralisia cerebral, só recentemente, aos 40 anos de idade, conseguiu a cadeira de rodas, a qual, finalmente, proporciona maior conforto para si e sua família. Família essa, aliás, que, não resignada com o diagnóstico médico de que a criança recém-nascida, hoje mulher, não suportaria por muitos dias, enveredou-se por uma constante luta para oferecer-lhe a qualidade de vida da qual é digna, dispondo apenas das deploráveis condições do SUS e de um e outro programa.

Como se vê, as histórias de sucesso trazem consigo ou atrás de si uma longa e dificultosa jornada, sobre a qual todos os setores sociais devem ter plena ciência para que se trabalhe mais arduamente pela atual e pelas próximas gerações de pessoas com deficiência. Avançamos muito, é verdade. De uma época em que usuários da Língua de Sinais eram tidos como criminosos e crianças com deficiência eram sacrificadas, passamos a uma época em que se discute a educação prioritariamente inclusiva, a acessibilidade, a inclusão digital e as tecnologias assistivas. Urge, porém, que avancemos muito ainda, cientes da não equivalência entre “histórias de sucesso” e “vitórias”, dado que uma vitória, no contexto da inclusão, deve significar a aceitação, o respeito e a acessibilidade plena, e para chegar a tanto, o Brasil e o mundo têm ainda um bom caminho a percorrer.

Quanto ao trabalho com pessoas com deficiência, devo dizer do mesmo enquanto um trabalho extremamente humanizador e inquestionavelmente generoso, uma vez que, mais que uma remuneração, proporciona um constante aprendizado e me forma como um ser humano mais humano, envolvido e solidário. Assim, apenas hoje, à beira dos 30 anos, fico a me perguntar onde eu estava, o que estava eu fazendo durante todo esse tempo para não haver me envolvido antes com o edificante trabalho em prol desse grupo do qual eu faço parte. Assim, me torno mais humano a cada vez que, por exemplo, ajudo o meu amigo com limitações locomotoras a se virar no banheiro ou oferecer-lhe o braço para descer uma escada, enquanto o mesmo, fazendo uso da visão perfeita da qual não disponho, fica atento ao atravessarmos uma avenida ou ao aguardarmos o meu ônibus. Assim, agimos um pelo outro e ambos pela construção de uma sociedade mais tolerante, igualitária e inclusiva.

1 de dez. de 2010

A Sensação de independência

Durante este mês de novembro, aconteceu uma coisa muito boa em minha vida que quero compartilhar no blog, uma coisa que, para muitos, é a coisa mais normal do mundo. Andei de ônibus sozinho pela primeira vez, o que pode parecer bobo para muitas pessoas, significou um passo a mais para a tão sonhada independência minha.

Foi uma experiência muito gratificante e muito interessante, saí da PUC, onde trabalho, e peguei o ônibus da linha 9410 (Coração Eucarístico/Sagrada Família). Claro que para isto, contei com a ajuda e a compreensão de outras pessoas, que me ajudaram no embarque e desembarque do ônibus, já que ainda tenho dificuldades para subir a escada do ônibus. Mas foi muito proveitosa esta experiência.

Bom, quero compartilhar a sensação de liberdade e de independência que eu estou tendo. Para um deficiente físico, tentar viver uma vida normal, sair, não depender de outros para fazer as coisas, andar sozinho por aí, é o objetivo de nossas vidas. Claro que não sou 100% independente, mas a cada dia mais estou conseguindo ficar independente, e isto é muito gratificante para mim e para todos que gostam de mim.

26 de nov. de 2010

A violencia no Rio

Nos últimos dias, o noticiário está sendo tomado pela onda de ataque de bandidos a veículos e pessoas na cidade do Rio de Janeiro, praticamente, uma guerra tem se visto pelas ruas da Cidade Maravilhosa. Uma vergonha para a cidade que vai receber os dois principais eventos do esporte mundial, a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Não é a primeira vez que se vê uma onda como essas na Capital Fluminense, mas sempre assusta pela violência imposta pelos bandidos do tráfico de drogas, que circulam livremente nas favelas cariocas. O problema todo mundo já sabe, falta de oportunidades para os jovens pobres que se sujeitam ao tráfico para garantir um sustento maior, uma polícia corrupta, mas os governantes só acordam quando este tipo de coisa acontece e, depois que a poeira baixa, volta tudo como era antes.

Apesar disto, o Governo Carioca tem dado um exemplo de como combater ondas de violência como esta, está combatendo na raiz, ou seja, entrando nas favelas e tentando acabar com isto. Claro que a ajuda das forças armadas está sendo fundamental nisto com o envio de tropas e veículos de guerra para combater a violência.

Bom, a minha torcida e a de todos os brasileiros, é que esta situação no Rio se resolva o mais rápido possível e que a paz volte a mais bela das cidades brasileiras, que é o Rio de Janeiro.

23 de nov. de 2010

O futebol em minha vida

Bom, depois de um tempinho sem escrever, resolvi voltar a escrever um texto sobre uma de minhas principais paixões. O futebol, o esporte que é a paixão nacional, é também uma paixão minha desde criança.

Como toda criança, fui picado por essa paixão por causa de meu pai, que sempre gostou de futebol e é cruzeirense doente. Como todo pai, o meu pai me levou para o estádio pela primeira vez quando tinha 5 anos de vida, uma das primeiras lembranças que tenho é essa. Claro que não entendia muita coisa no jogo, mas gostei e me tornei cruzeirense.

Quanto mais crescia, mais aumentava essa paixão pelo esporte das 4 linhas. Ficava meio chateado de não freqüentar os estádios regularmente, no caso, o Mineirão, mas entendia. Sempre acompanhei tudo de esportes, especialmente, o futebol, que é o esporte mais popular do mundo, teve época que via todos os jogos que passava na TV, claro que hoje isso é impossível e nem tenho animo para assistir todos os jogos.

Mas voltando a minha infância, a paixão pelo futebol continuava crescendo que eu comecei a jogar sentado no chão da minha casa com meu irmão Alexandre, eram boas partidas e, é claro, sempre perdia todas. Além disto, a minha paixão pelo Cruzeiro se constituía, sempre com muita alegria e alguns sofrimentos, normais dentro do futebol. Depois veio o apreço por futebol europeu, que, queiram ou não admitir, é melhor que futebol brasileiro. Hoje, me considero um doente por futebol.

Ainda na infância, coisa que nunca revelei, imaginava que tinha um time de futebol, o Nova Vista Futebol Clube (bairro onde nasci), o dono do maior estádio do mundo (na minha cabeça claro) com 200 mil lugares.

Eu agradeço o futebol por um monte de coisas que ele fez em minha vida e vou enumerar elas. Graças ao futebol, eu realizei o sonho de andar sozinho (de forma indireta), eu conheci amigos importantes na internet através da comunidade “Doentes Por Futebol” no Orkut. Realizei viagens maravilhosas, como a que fiz ao Rio de Janeiro em 2008. Entrei na faculdade por conta da junção de minhas duas principais paixões, o futebol e o rádio, criei o blog Esporte é Vida, que eu adoro de paixão escrever.

Enfim, obrigado futebol por tudo que você já fez em minha vida e espero que faça muito mais.

15 de nov. de 2010

Eu tô vivo porra


Eu andei sumido do Blog por um tempo porque estou vivendo dias de dificuldades, coisas emocionais afloradas ao extremo e não to conseguindo administrar muito bem essas emoções, mas venho dizer um desabafo que preciso fazer diante dessas emoções que estou vivendo.

Bom, a vida, por mais que tenhamos nossas dificuldades, é uma vida que devemos aproveita-la da melhor maneira possível. Eu que não gosto de citar nomes, mas dessa vez vou dizer, nos últimos tempos conheci várias pessoas novas em minha vida, dentre elas três pessoas que além do trabalho que é uma coisa enriquecedora para a vida nossa estão me auxliando a conhecer como é a vida propriamente dita, uma delas é a Luana (ou melhor Luanita), aliás você Lu foi a inspiração deste blog, por mais que você tenha me magoado com certas coisas (não quero que você fique magoada com essa minha sinceridade) você me ensinou várias coisas indiretamente. A outra delas é a Bia, uma menina animada e para frente que está me ensinando a ter uma convivência bem melhor com meu irmão Alexandre e está me animando. A última pessoa é uma irmã que conquistei no últimos meses, é a Graciele (ou maninha Graci), por mais que esteja confuso com ela, ela ta me ajudando pra caramba nesses momentos difíceis que estou vivendo e sabe maninha, você é uma pessoa abençoada por Deus não quero perder a amizade nem de você e nem das outras duas, obrigado as três de coração por

Bem, um pouco mais além disso, como conseqüência do destino, depois desta semana difícil na qual vivi, fui para o sítio relaxar a cabeça (ou melhor tentar relaxar), neste feriado. Me isolei destas emoções que to vivendo e refleti muitas coisas, claro que não foi fácil, ainda to vivendo emoções fortes, estou muito emotivo. E ontem, teve a festa da Família, na cidade de Sete Lagoas, uma festa ótima, comecei mal, mas depois de uma conversa com meu irmão, eu descobri que eu to vivo, mereço ser feliz, essa fase que estou vivendo vai passar, claro que estou com dificuldades, mas com o apoio de todos os amigos (antigos e novos) e da família eu vou superar isto. A festa me ensinou que sou amado por todo mundo que gosta de mim, que devemos ficar perto das pessoas que a gente gosta e que devemos aproveitar a vida como se hoje fosse o último dia de nossas vidas.

Eu to vivo porra, tem tanta gente no mundo que tem problemas piores que estou vivendo e nunca perdeu a felicidade, eu que sou um cara que sempre fui alegre, não posso viver chorando, nervoso, com insônia. Tenho que viver naturalmente tudo da vida.

Me desculpa a sinceridade, mas é uma forma que eu encontrei de desabafar tudo que estou vivendo, espero que vocês entendem meu desabafo no (D)Eficiência. Sei que é muito pessoal, mas tomei coragem em tocar nesse assunto.

6 de nov. de 2010

Teleton 2010


Neste sábado acontece a edição 2010 do Teleton, um programa de TV muito especial. O SBT promove desde 1998, o Teleton, uma maratona de 27 horas, aproximadamente, para arrecadar fundos para a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), uma instituição que trabalha na reabilitação de pessoas com algum tipo de deficiência física.

Bom, como um especial que sou, apoio a iniciativa do mestre da comunicação brasileira, Silvio Santos, e sempre me identifiquei com a causa do programa de TV, desde o inicio acompanho todas as edições, as histórias de superação, enfim, gosto muito do Teleton.

A AACD realiza um trabalho belíssimo na reabilitação de pessoas com algum tipo de necessidade, tornando melhor a vida dessas pessoas, que por muitas vezes, não tem como pagar pelo tratamento e vêem na AACD, uma forma de tornar a vida melhor para os especiais.

Enfim, por mais que todos nós tenhamos nossos compromissos e dificuldades financeiras, vale a pena doar para o Teleton  e fazer com que o trabalho da AACD se expanda para quem precisa realmente, que são os especiais carentes de uma oportunidade.

3 de nov. de 2010

Depois daquela viagem

Eu, confesso, não sou um leitor assíduo de livros, o que é um erro para quem é jornalista, mas tento ler livros interessantes e que tragam mais conhecimento. Bom, chega dessa ladainha sem noção e vamos ao que interessa. Esta semana peguei um livro que já tinha lido para reler, sete anos depois. O livro se chama “Depois Daquela Viagem”, de Valéria Polizzi, que tem uma história interessante.

O livro conta a história da autora depois que ela descobriu que havia sido infectada pelo vírus da AIDS. Valéria contraiu o vírus por um namorado que ela conheceu numa viagem de navio e só descobriu uns dois anos depois. A história se passa no final dos anos 80, uma época em que a AIDS era alvo de muito preconceito no Brasil, era sinônimo de morte, de homossexualismo. Enfim, uma coisa que era muito ruim.

Por isto, Valéria decidiu esconder a doença de todos os amigos, por medo de ser discriminada. A autora-personagem, depois de muitos fracassos na vida acadêmica, resolve partir para os EUA para fazer um curso de inglês, só que ela não tava tomando os remédios que garantiriam a sobrevivência dela.

Em terras americanas, Valéria descobre que os portadores do vírus HIV podem viver uma vida normal e, depois de uma crise em que ela quase morre, decide entrar de cabeça no tratamento e contar para todo mundo ao voltar para o Brasil.

Depois desta explanação sobre o livro, vou dar minha opinião sobre o assunto tratado no livro. O preconceito vivido pelos portadores do vírus HIV é semelhante aos que nós, especiais, vivem, creio que ainda seja pior por se tratar de uma doença contagiosa, mas com todos os tratamentos, os portadores de AIDS podem viver uma vida normal. O livro, por mais que seja passado em uma outra época, mostra os sofrimentos, as angústias e as dúvidas de um portador de uma doença sem cura e que carrega todo este preconceito. Um tema atual e que merece nossa reflexão.

1 de nov. de 2010

Uma mulher na presidência

Neste domingo, o Brasil escolheu seu mais novo governante máximo, ou melhor, uma nova governante. Depois de 35 presidentes, uma mulher ocupa o cargo máximo, o de presidente do Brasil. Com mais de 56 milhões de votos, a mineira Dilma Rousseff foi eleita presidente vencendo José Serra.

Apesar de votar nulo (uma forma de protesto contra a baixaria na campanha do segundo turno) e de não querer a eleição de Dilma, por motivos ideológicos, tenho que felicitar este feito muito importante para a história do país.

Um país que sempre foi datado como machista, por motivos históricos e ideológicos, o fato de uma mulher assumir o cargo de presidente do Brasil, é um fato muito relevante para o novo Brasil. O fato de Dilma ser eleita com esta expressiva votação significa que o Brasil está mudando sua cabeça machista e antiquaria, que por muito tempo norteou a sociedade brasileira.

Claramente, Dilma foi eleita graças a enorme aprovação popular que o Presidente Lula tem no País, especialmente, entre as classes mais pobres, por causa dos programas sociais que Lula implementou. Mas, o fato de Dilma chegar ao poder mostra a maturidade cultural e ideológica que o Brasil chegou, claro que temos muito a melhorar, mas já é um grande avanço.

No mais, desejo a nova presidente do Brasil, sorte e sucesso no governo. Que ela seja capaz de continuar e melhorar tudo o que Lula fez em 8 anos de governo. E um pedido especial, durante a campanha, não vimos nada em relação a propostas para a melhoria da qualidade de vida dos especiais, o que é um erro, porque somamos praticamente 15% da população brasileira e não fomos ouvidos por nenhum dos candidatos a presidência. Então, devemos fazer pressão para que o novo governo olhe pela gente, os especiais.

26 de out. de 2010

A baixaria nas eleições


Infelizmente, para a população brasileira, o segundo turno das Eleições para Presidente do Brasil, se tornou uma verdadeira baixaria, o que envergonha o cidadão consciente e que é obrigado a assistir essas coisas.

O que está acontecendo entre José Serra e Dilma Rousseff é um espetáculo vergonhoso para a democracia brasileira. Muitos podem dizer que sempre foi assim em outras eleições, até foi, mas em menor número com certeza. Os candidatos só sabem trocar acusações entre si, nos debates, nas propagandas e em eventos públicos.

Como diz o ditado “Futebol e Política não se discutem”, os dois modos de vida mexem mais do que a razão, mexem com a emoção de quem defende. E isto que está se fazendo na campanha deste ano, só gera a violência. Casos não faltam, como na agressão ao candidato José Serra no Rio e a tentativa de agressão a Dilma no Paraná.

Tem gente que gosta dessas baixarias, isto é parte da cultura brasileira, infelizmente, mas temos que conscientizar os políticos que a grande maioria de nós, brasileiros, quer propostas e discussões construtivas acerca dos principais temas do Brasil e não ver trocas de acusações baratas. O que envergonha a jovem democracia brasileira e que ainda busca a afirmação, mas deste jeito fica complicado.

22 de out. de 2010

Mais facilidades para os especiais

Esse texto foge um pouco da minha sequencia de crônicas, mas é um tema importante e que precisa ser divulgado. Nesta semana, a Câmara Municipal de BH aprovou uma lei que obriga as empresas locadoras de carro na cidade a terem 2% de sua frota adaptada e reservada para atender pessoas com necessidades especiais.

O autor da proposta, o Vereador Leonardo Mattos (PV), que é cadeirante, disse que a demanda de carros entre os especiais aumentam a cada dia. “Porém, as empresas locadoras de veículos ainda não têm consciência sobre a questão. Este projeto pretende corrigir esta distorção”.

Agora vem a opinião. Projetos, como este que visam a melhoria da qualidade de vida dos especiais, são louváveis e tem de ser aplaudidos por nós, mas, nós, os especiais, temos que cobrar fiscalização dos órgãos competentes e mais consciência da população para com estes assuntos ligados a questão do especial. Não adianta nada ter leis que nos ajudam se não há uma conscientização da população para que se cumprem estas leis.

21 de out. de 2010

O poder da esperança


Na noite de ontem, na minha estréia no projeto Cine PUC, que é um projeto que visa a integração dos surdos com os ouvintes através de sessões de cinema, eu vi um filme que precisava ter visto mesmo e recomendo-lhes a ver também. O nome do filme é '" O Poder da Esperança", um filme belíssimo com uma história envolvente e emocionante.

O poder da esperança conta a história de Richard Pimentel desde sua infância. Richard sempre foi um cara sonhador e que tinha ambições. Só que ele perdeu a audição na Guerra do Vietnã e depois da guerra, ele começa a sofrer todo o tipo de preconceito, mesmo assim ele consegue entrar para a faculdade. Lá na faculdade, ele conhece Art, um cadeirante com paralisia cerebral que é um gênio, mas ninguém entende por causa da fala dele, só Richard passou a entende-lo e os dois fizeram grande amizade. O orador, no caso, Richard se tornou um grande contratador de deficientes para trabalhar nas empresas e no governo. Até escreveu um livro sobre isto.

Depois de contar um pouco da história do filme, quero compartilhar o que me mexeu no filme. Art, o amigo de Richard, tem paralisia cerebral assim como eu, é alegre e brincalhão como eu também sou, então eu me vi um pouco na pele dele, claro que o personagem tem mais dificuldades do que eu, mas o preconceito vivido por ele no filme é bem parecido com o que vivo.

Muitas pessoas, vêem os portadores de paralisia cerebral como eternas crianças, por causa de movimentos involuntários que apresentamos, espasmos, e não (ou não querem) nos conhecem como a gente é verdadeiramente. Somos seres humanos normais, claro que temos dificuldades maiores, mas temos uma opinião própria, temos sentimentos. E não um retardado ou uma criancinha como muita pessoa nos vêem.

Art me mostrou que os portadores de paralisia, por mais que nós tenhamos dificuldades, podemos ser felizes e driblar o preconceito que os outros têm com a gente. Me mostrou como é a vida.

Ah!! E quanto ao final, claro que não vou contar, mas recomendo vocês a verem, uma bela história de inclusão de especiais.

18 de out. de 2010

O mundo virtual

Venho nesta segunda-feira falar sobre um tema muito atual e que sempre traz curiosidade e certo desprezo por parte de quem não vive muito. Estou falando do mundo virtual, um mundo que é parecido com o mundo real, mas, que ao mesmo tempo, pode parecer tão diferente. Por isso, intriga tanto os pesquisadores e quem está de fora.

Tenho uma experiência muito forte no meio virtual, me considero um viciado em internet. Adoro ficar conversando com o pessoal no Orkut, no MSN e outros meios virtuais, passo horas e horas no mundo virtual. Através deste meio conheci muitas pessoas que já me consideram amigos, umas amizades inclusive já passaram da dimensão virtual e são reais.

Você deve estar se perguntando, será que o autor do texto não tem medo de ser enganado? Bom, com 4 anos de mundo virtual mais presente, digo que é um meio termo, claro que fakes (pessoas que se passam por outras na Internet) existem, até fui vitima de um fake, mas também tem que saber o que é bom e o que é ruim nesse meio virtual.

Além dos fakes, o grande problema desse meio são aquelas pessoas que tem dupla personalidade. São pessoas que aparentam ser uma coisa no meio virtual, mas que na realidade são outras, isto é a causa de tanta pedofilia no meio real. Mas o texto não fala de pedofilia, então me detenho a dizer sobre o mundo virtual.

Claro que o mundo virtual tem seus problemas, mas, na minha opinião, é uma forma boa de ter relacionamentos, mas tem que saber separar as coisas, não esquecer do mundo real é fundamental para se dar bem no mundo virtual. Nestes 4 anos que estou no mundo virtual, já vi de tudo, gente namorando virtualmente forte (respeito quem namora, mas eu jamais teria uma namorada virtual, por uma série de fatores que não vêem ao caso), gente brigando virtualmente, amizades sendo destruídas entre outros.

Termino este texto falando que o mundo virtual é parecido com o mundo real, nas amizades, relacionamentos, mas, ao mesmo tempo, é diferente, no aspecto de que se usa um terceiro componente para estabelecer a comunicação, o computador, e que este elemento pode mascarar o que a pessoa é.

16 de out. de 2010

Aos mestres com carinho


Esta frase pode ser clichê, mas representa o carinho que a gente tem com os nossos professores. Com atraso, mas faço este texto em homenagem a esta classe de trabalhadores que sofre, mas nunca desiste de seu objetivo, que é de educar (ou tentar) os jovens do Brasil e torna-los futuros cidadãos de bem.

Ser professor, especialmente no nosso país, representa um desafio muito grande, pois, as condições de trabalho deles, principalmente nas escolas públicas, estão cada dia pior, são escolas fracas, o salário péssimo, alunos despreparados e que só querem saber de baderna. Claro que isso é a minoria, mas é isso que a mídia passa.

Mas nem tudo é desgraça para a vida de um professor, há muito amor dos alunos, especialmente das crianças pequenas. Qual professora dessas turmas não gosta de ser chamada de Tia? E o amor destas crianças é um sentimento puro e lindo, que gratifica qualquer professor, dá motivação para eles continuarem com este dom, muito sagrado para a humanidade, que é o de ensinar outra pessoa as lições para que ela cresça na vida.

Pode ter tudo de ruim nesta profissão, mas é uma profissão maravilhosa por este aspecto, de ser uma profissão que tem o dom de transformar o mundo (ou tentar) com seus ensinamentos e suas palavras.

OBRIGADO PROFESSORES POR TUDO E PARABÉNS POR SEU DIA!!!


14 de out. de 2010

O big-brother da Mina


O mundo presenciou nos últimos dias, o drama dos mineiros no Chile, onde 33 mineiros ficaram presos durante 69 dias após um acidente na Mina onde eles trabalhavam. O resgate foi algo que mexeu com o mundo todo, o planeta se voltou para o estreito país sul-americano. Foi realmente emocionante o resgate e tudo que girou em função deste episódio, mas tudo o que se viu foi um big brother da mina, comparando com o famoso programa de TV.

Realmente seguiu um roteiro semelhante ao do BB, no caso da Mina foi por causa de uma tragédia e não por conta própria como acontece com quem entra no Reality Show. Mas o mundo acompanhou a vida dos mineiros como acompanha os enclausurados na casa do Big Brother, com imagens diárias e até mensagens dos mineiros para o pessoal do lado de fora.

Outra coisa semelhante ao programa de TV é que eles receberam muitas coisas, presentes, coisas para o lazer e até um vídeo-game. Mordomia igual aos dos moradores da casa do Big Brother, só não fizeram festinha, porque o espaço não permitia tal coisa.

Enquanto os mineiros estavam debaixo da terra, as famílias dos 33 mineiros começaram a dar entrevistas contando como era a vida do pessoal antes do acidente. Alguns parentes brigaram entre si por conta do espaço da mídia colocado para cada mineiro. Coisa semelhante ao programa de TV, onde as famílias dos participantes do programa disputam cada espaço na mídia para se promover.

E ainda não acabou as comparações. Agora que eles estão de volta a superfície, viraram celebridades instantâneas como as que saem do Big Brother, ganharão dinheiro em cima da própria tragédia, com a rodagem de filmes contando a história debaixo da terra, livros e mais livros. Aí quando a mídia se cansar deles, eles voltam a ser anônimos como qualquer um de nós.

Essa história dos mineiros é legal, é uma lição de vida, mas também foi uma forma de sensacionalização dos meios midiáticos para atrair a atenção da audiência, que é o seu principal objetivo.

13 de out. de 2010

Aos fisioterapeutas


Hoje, dia 13 de outubro, é comemorado o dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional. Fiquei sabendo a tarde no Trabalho, através de uma amiga e não poderia deixar esta data em branco. Os fisioterapeutas, especialmente, são profissionais fundamentais para a vida dos especiais, sem eles não conseguiríamos ter uma vida melhor.

Eu faço fisioterapia desde o meu segundo ano de vida, já passei por diversos profissionais, dentre eles a clínica da Dra. Lílian Alburquerque, no CEPEL, onde também fazia a Hippoterapia, uma terapia que usa cavalos na reabilitação de especiais. Foi uma técnica que me ajudou bastante. Hoje faço fisioterapia, uma vez por semana, na Diferencial, uma clinica muito boa e que me ajuda bastante.

Mas com a convivência que tenho com fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, vejo que a vida deles não é fácil, pois são muitos anos de estudo e tem que estar sempre se atualizando, além disto, tem que estar sempre com a cara feliz para atender os pacientes. Mas, nós, os especiais, temos nossas vidas ajudadas pelos fisioterapeutas, somos eternamente gratos a estes profissionais.

PARABÉNS FISIOTERAPEUTAS E TERAPEUTAS PELO SEU DIA!!

12 de out. de 2010

O primeiro emprego


No Brasil, nesses dias de hoje, o desafio de arrumar um emprego é muito grande para todas as idades, principalmente para os jovens conseguirem o primeiro emprego. Desafios como falta de experiência, imaturidade e falta de apoio das empresas. No caso do jovem deficiente, este desafio é maior, com a soma destes fatores com a falta de preparo e o preconceito que as pessoas ainda tem com os especiais.

Eu senti isso na pele em minha primeira tentativa de emprego que consegui, não vou citar nome do local porque não gosto de ficar lembrando disto. Foram 15 dias neste local, que realmente não era para eu ficar lá, mas senti na pele a falta de preparo de alguns empregadores para com o especial. Alguns ficam com medo de como reage o especial em certos aspectos.

Diante deste fracasso, que não considero como primeiro emprego, consegui, dois meses depois, o primeiro emprego. Amanhã completo seis meses no NAI (Núcleo de Apoio a Inclusão da PUC Minas) e está sendo uma experiência muito boa na minha vida, pois me fez crescer como pessoa, claro que quero arranjar outros empregos, mas este primeiro emprego será inesquecível na minha vida. Lá as pessoas não tem esse despreparo que alguns locais tem para acolher os especiais com profissionalismo. Nós queremos que sejamos tratados com igualdade de direito.

Obvio que não foi fácil mudar a rotina minha, mas o que quero mostrar, é que os especiais merecem uma chance no difícil mercado de trabalho. Não basta colocar cumprir uma lei que obriga as empresas a colocar especiais, tem que criar mecanismos para a inclusão de especiais no mercado de trabalho, especialmente, no primeiro emprego do jovem especial.

7 de out. de 2010

Os sonhos de uma vida

Quem no mundo não tem sonhos, sejam eles materiais, profissionais e pessoais. Creio que não há uma pessoa no mundo que não tenha sonhos, afinal se não tivéssemos sonhos, objetivos não seriamos o ser humano que somos hoje, batalhadores por esses sonhos.


No meu caso, particularmente, me acho um cara sonhador, tenho vários sonhos materiais, profissionais ou pessoais, sou um cara que não desisto fácil de meus sonhos. E sempre fui assim, batalhador para realizar estes sonhos, como qualquer pessoa especial, estes sonhos são mais difíceis de se realizar.

Voltando a minha infância, tinha um sonho que parecia impossível, o de andar sozinho sem a ajuda de terceiros. Mas com muita luta, aos 12 anos de vida, consegui realizar esse sonho e pude me locomover sozinho por aí. Coisa que me deixou muito feliz e que me abriu portas maravilhosas. Outro sonho que tinha era de entrar para uma faculdade, consegui com muito custo e inteligência que deus me deu.

Tenho um sonho que ainda não realizei, mas espero realizar um dia, ser jornalista esportivo, por mais que eu já me sinta um por causa do Blog Esporte é Vida e outros trabalhos que tenho, quero muito trabalhar cobrindo clubes de futebol, torneios, Olimpíada. Mas enquanto isto não chega, vou batalhando por este sonho e curtindo outros que não citei.

Aonde quero chegar com isto, você já deve estar se perguntando. Eu quero mostrar que não podemos desistir dos nossos sonhos, por mais que eles possam parecer impossíveis, e como diz uma letra de uma música que eu curto, “Nunca deixe de sonhar”. Os sonhos, na minha humilde opinião, são o motor da nossa existência no mundo, sem eles não viveríamos e acabaríamos mortos mentalmente.

5 de out. de 2010

Lembranças de uma Infância feliz


Ontem, conversando com amigos no MSN, coisa que utilizo muito, me fez lembrar da minha infância. O assunto era coisas da infância que vivemos, coisas que, infelizmente, não voltam mais. Eu, particularmente, adoro ficar relembrando esses momentos antigos, acho uma coisa que revigora a minha vida e me faz muito feliz.

Aos 22 anos, penso que aproveitei bastante minha infância, apesar de todas as dificuldades que tive nesse período da vida, essas que eram maiores do que tenho hoje. Mas não deixei de viver todas as coisas que uma pessoa “normal” vive nesta época da vida.

Muitas coisas, é claro, por conta da minha deficiência não fiz, como jogar bola normalmente, mas sempre arrumei um jeitinho e jogava bola na sala de minha casa na Rua Ipanema com meu irmão. Eram partidas disputadíssimas (hahaha) e jogava sentado no chão, perdia quase todas, mas jogava com raça. Foi daí que nasceu minha paixão pelo futebol, que amo tanto.

Falei da Rua Ipanema, casa onde morei durante minha infância, lá tive momentos inesquecíveis desta época. Os vizinhos eram muito gente boa e tinha muita gente da mesma faixa etária, lá nasceu a primeira paixão (não correspondida), o gosto pela música e o vício por jogos eletrônicos. Em frente minha casa, tinha uma loja de vídeo-game.  Nas férias, os primos iam lá para a minha casa e fazíamos a festa com zoeiras e bagunças

Essa loja de games, mesmo com todas as dificuldades de locomoção que tinha, eu ia, até na moto que tinha de brinquedo, que era uma das locomoções que tinha na época. (Motinha que foi minha companheira de tantas jornadas na infância). Na época, quando chegava sexta-feira, voltava da aula e nem entrava em casa, já ia direto pra loja, muitas vezes só para ver os outros jogarem os jogos e conversar com a dona da loja.

Estas lembranças, como disse antes, me deixa muito feliz e com saudades. Sei que estes tempos não voltam mais, mas fico com a certeza que tive uma infância muito feliz, apesar de todas as dificuldades que tive, porém nunca deixei de ser feliz diante dessas dificuldades.

3 de out. de 2010

O direito ao voto


 A democracia brasileira deu mais um passo a maturidade neste domingo com a eleição para os cargos majoritários e legislativos nacionais e estaduais. O que tenho a dizer sobre isto é muito relevante para quem gosta destas coisas políticas.

Confesso, que antes, eu gostava mais de política, acompanhava programa eleitoral, torcia como torço para o futebol. Tinha vontade de votar na urna eletrônica, esperava o dia que eu pudesse ser um cidadão como qualquer outro e escolher o futuro do país. Fazendo um parênteses, a invenção da urna eletrônica foi um avanço para os especiais, podemos votar sem nenhum problema na urna eletrônica.

Mas com os escândalos políticos nesta década (Mensalão, Sanguessugas e outros) meu interesse por política diminuiu bastante, assim como, os outros jovens do Brasil, não vi nenhum programa eleitoral, vi só um debate entre os candidatos a presidência. Sei que deveríamos ter outra postura política, como tiveram os caras-pintadas em 1992. Porém, uma coisa que não abro mão é de votar, mesmo com o voto sendo obrigatório, se não fosse obrigatório, ia querer votar também.

Fui votar neste domingo, no Colégio Geraldina Soares, na Pompéia, enfrentei fila como qualquer um, mas fiquei satisfeito de exercer um direito que adquirimos durante estes últimos anos e que não podemos deixar de exercer mesmo com todas as falcatruas da política brasileira. Afinal, nossos pais sofreram com a ausência deste direito durante a Ditadura Militar e não podemos deixar de lado o interesse por política.

2 de out. de 2010

(D)Eficiência


Vocês me conhecem do Blog Esporte é Vida (http://esporteeevida.blogspot.com/), mas a partir desta manhã de sábado, nublada, em Belo Horizonte, cidade que eu amo tanto, inicio um novo Blog é o (D)Eficiência.

Este blog tem como o objetivo contar um pouco da minha visão, preferencialmente, de um deficiente físico (ou melhor, um Especial, que sou) sobre o mundo. Coisas da política, literatura, TV, entre outras coisas, alem de, é claro, algumas de minhas experiências no mundo, durante os vinte e dois anos em que estou nesse mundo.

É isso, espero que gostem e curtem o blog, comentando meus textos!!