Por Leonardo Martins
E a terra está sem graça. Esta é
a sensação dos brasileiros diante da morte de Hebe Camargo, uma das maiores
pessoas que já passaram por este país, que deixa o Brasil órfão de sua alegria,
de seu jeito sensível de viver, e ao mesmo tempo, forte. O Brasil perde não só
uma mulher, mas a primeira dama da TV Brasileira.
Até sábado, dia em que nos
deixou, a loira havia participado e/ou vivenciado de todos os grandes
acontecimentos da TV Brasileira desde sua implantação a 62 anos atrás. Na
inauguração da TV, em 18 de setembro de 1950, lá estava Hebe cantando e já
brilhando na tv com sua beleza e simpatia, marcas características da
apresentadora durante sua vida.
Outra marca de Hebe foi seu senso
de solidariedade, a loira do SBT sempre abraçou causas para ajudar os mais
necessitados, um dos exemplos mais marcantes foi o Teleton, programa em que se
ajuda as pessoas com necessidades especiais apresentado pelo próprio SBT, Hebe
foi, desde a primeira edição, a madrinha do programa e sempre participava com
entusiasmo ao lado do patrão Silvio Santos.
Hebe nunca perdeu a alegria de
viver e inventou o “gracinha”, seu principal bordão. Além disto, Hebe adorava
dar selinhos em artistas e personalidades que sentavam em seu famoso sofá,
tanto na Bandeirantes nos anos 70 e 80 como na REDETV, o último trabalho dela
na TV, mas sua principal ligação na TV sempre será com o SBT, onde, por uma
homenagem de Silvio Santos, havia sido recontratada dois dias antes de nos
deixar. A apresentadora fez uma dupla de sucesso com o dono da emissora, outro
ícone da TV, Silvio Santos, por 25 anos.
Cabe a nós lamentar e lembrar dos
momentos alegres que a loira nos trouxe dentro dos 62 anos em que ela entrou em
nossas casas.
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