8 de nov. de 2011

Jornalismo: profissão perigo?


Na última semana, três acontecimentos envolvendo violência contra jornalistas chamaram a atenção. Primeiro foi a agressão a repórter da TV Globo São Paulo, Monalisa Perrone, ao vivo durante um boletim sobre o estado de saúde do ex-presidente Lula. Depois, foi o assassinato do cinegrafista da Band Rio, Gelson Domingues, em uma operação policial numa favela carioca. E por último, outra agressão,  desta vez contra a repórter do SBT, Maria Paula Limah, na confusão causada pela reintegração de posse da reitoria da USP. Todos estes exemplos e mais milhares que já aconteceram no mundo abrem a discussão: jornalismo é uma profissão de risco?

Bom como jornalista formado e vendo estes exemplos, digo que sim. Mas casos como as agressões contra as repórteres Monalisa e Maria Paula são casos isolados e que são muito lamentáveis, são casos em que os agressores tem raiva da imprensa, ou, no caso da Globo, da própria emissora, por conta de fatores históricos.

O caso do cinegrafista abre outra discussão, a busca incessante pela notícia e pela audiência das pessoas é que causa o acompanhamento de operações policiais por equipes de TV. É o chamado sensacionalismo na TV, que vem dominando as TVs brasileiras, especialmente as inferiores no IBOPE, nos últimos anos. Este sensacionalismo, busca por imagens dentro do conflito, colocam os jornalistas cara-a-cara com o perigo e com a morte. Mas todo jornalista gosta deste perigo para se conseguir a melhor matéria possível.

Então não há uma coisa totalmente certa nesta história, o que nos resta é lamentar estes episódios e discutir mais ainda se vale a pena arriscar a sua própria vida por uma boa matéria?

Nenhum comentário:

Postar um comentário