20 de nov. de 2014

O valor do negro na sociedade



Hoje, dia 20 de novembro, é comemorado o Dia da Consciência Negra,
feriado em muitas cidades, como Rio e São Paulo, mas a data serve para lembrar do valor do negro na sociedade, especialmente, brasileira. A data é comemorada pois é a data do nascimento de Zumbi dos Palmares, um ícone histórico da negritude que lutou bravamente contra a escravatura no Século XVIII. Mas convite que eu faço é uma reflexão sobre o valor do negro na sociedade.

Os negros vieram para nosso país trazidos pelos portugueses para ser escravos, sofriam muito nas mãos de seus senhores, eram chibatadas em praças públicas, uma dura vida de trabalho nos engenhos e minas de ouro. Poucos deles conseguiam a liberdade, a carta de alforria. O Brasil foi um dos últimos países a abolir a Escravidão, só o fazendo em 1888, através da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel.

Porém, com uma cultura européia enraizada, os negros ainda sofrem com preconceito, oriundo dessa época da escravidão, mas essa realidade que entristece a todos vem mudando, os negros tem forte influência no Brasil, principalmente, na cultura de nosso país. Vários ícones da cultura brasileira são negros, casos de Carlinhos Brown, Thiaguinho, Gilberto Gil, entre outros. O Candomblé, religião oriunda da África negra, tem vários seguidores no Brasil.

Fora a cultura, tivemos, recentemente, a presença de um negro na presidência da Corte mais alta do País, o Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Barbosa virou um ídolo por conta de sua atuação a frente do caso do Mensalão, mas, também, deixou muitos desafetos por causa de suas posições firmes e fortes diante dos assuntos julgados no STF.

Vivemos em um país com várias misturas de cor e uma diversidade cultural muito intensa, porém, o racismo é ainda presente em nossa sociedade. Vários atos de racismo contra negros acontecem diariamente, uns ganham repercussão mundial, como no caso do goleiro Aranha do Santos em um jogo contra o Grêmio, outros não. O que devemos é combater qualquer tipo de racismo contra a pessoa negra e torna-los iguais perante a lei.

Voltando a cultura, sou muito fã da música negra americana, a famosa black music, e a contribuição deles para a música mundial é algo incrível. Nomes como Jay-Z, James Brown, Stevie Wonder, 50 Cent, Beyonce, Mariah Carey, Alicia Keys, conhecidos no mundo todo, dão a noção de como o negro tem valor dentro da sociedade mundial, muitas vezes, não reconhecido por preconceito de brancos.


11 de nov. de 2014

Porque o Brasil não cresce?



As eleições se passaram e a pergunta permanece: porque a economia não cresce em nosso país? Culpa da Presidenta Dilma? Do Ministro da Fazenda? De quem? Pois bem, obviamente não sou economista, mas como trabalho com dinheiro sei um pouco disto, e vou tentar dar um diagnóstico do meu ponto de vista.

É certo que a crise mundial afeta a nossa economia, desde 2008, vivemos uma crise global que afetou vários países. Europa, Estados Unidos, China e os emergentes, principalmente, Rússia e Brasil. Afeta o comércio exterior entre os países, se não há comércio, não há troca de dinheiro, e isto afeta os investimentos de fora.

Mas o principal problema da nossa economia, que deve crescer pífios 0,3% no fim deste ano, está na má conduta da economia por parte da equipe do governo Dilma. A indústria, principal motor de nossa economia desde a década de 60, foi abandonada e não obteve a atenção devida, parou no tempo e hoje tem contribuição ruim no PIB. As indústrias tem tido muita dificuldades com os alarmantes números de impostos, a concorrência com a China é muito forte e perde em competitividade.

Outro problema é a inserção de programas sociais, são importantes fontes de renda, mas não são a única. Os recebedores do Bolsa Família deveriam ser incentivados a se qualificar profissionalmente e não só receber o dinheiro, isto fortaleceria a indústria que voltaria a ter importância devida dentro do cenário econômico nacional.

Já citei os impostos, a carga tributária brasileira é uma das mais altas do mundo e isto enfraquece os pequenos empresários e os grandes também. Afasta investimentos estrangeiros. Precisamos, urgentemente, de uma reforma tributária, que, ao meu ver, é mais importante que a reforma política, pois aliviaria e muito o pescoço de quem quer investir em nosso país.

A taxa de juros básica é outro fator que atrapalha o crescimento do Brasil, com ela a 11,25% ao ano, também, inibe investimentos internos e externos, tanto do agronegócio como da indústria e o setor de serviços. Precisamos de uma taxa que esteja de acordo com o crescimento sustentável de nosso país.

A Presidenta Dilma já anunciou que irá mudar o foco na economia, a começar pela troca do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, que fez uma gestão desastrosa e conseguiu que nosso país entrasse em recessão técnica (quando o país cresce pouco, como está o nosso hoje). Esperamos que surta o efeito esperado por todos. 

3 de nov. de 2014

Manifesto contra o intervencionismo militar



Uma passeata em São Paulo, que reuniu cerca de 3 mil pessoas no último sábado, surpreendeu pelo tom de radicalismo que norteou o evento. As pessoas estavam ali protestando contra o resultado das eleições e pedindo o impeachment da presidenta reeleita Dilma Rousseff, alegando que o PT conseguiu fraudar as eleições de semana passada (há boatos indicando isto). Mas o que chamou a atenção foi alguns manifestantes pedindo o intervencionismo militar, ou seja, a volta da ditadura militar.

Para estas pessoas dirijo-lhe estas palavras. Eu, Leonardo de Camargos Martins, não fiquei satisfeito com a reeleição da Dilma, porém, se achar indícios que o PT fraudou as eleições que ela seja deposta do cargo democraticamente, como foi com Collor nos anos 90, mas tira-la do cargo a força igual em 1964 com Jango, e instaurar uma nova ditadura militar, é algo impensável nos dias de hoje.

Eu, evidentemente, não vivi a época da ditadura, mas como curioso e gosto de história, a ditadura dos anos 60 e 70, deixou marcas profundas na nossa sociedade, política, economia e cultura, que, até hoje, tem evidencias. Uma ditadura nos tempos globais só traz o enfraquecimento do nosso país, não cabe uma nova ditadura neste mundo moderno.

O Brasil precisa de mudanças, mas que elas sejam feitas no ritmo normal das coisas, com o povo cobrando dos governantes e não a base da força militar. Sou um democrata e não quero ditadura militar, aliás, poucos querem a volta.