Uma passeata em São Paulo, que
reuniu cerca de 3 mil pessoas no último sábado, surpreendeu pelo tom de
radicalismo que norteou o evento. As pessoas estavam ali protestando contra o
resultado das eleições e pedindo o impeachment da presidenta reeleita Dilma
Rousseff, alegando que o PT conseguiu fraudar as eleições de semana passada (há
boatos indicando isto). Mas o que chamou a atenção foi alguns manifestantes
pedindo o intervencionismo militar, ou seja, a volta da ditadura militar.
Para estas pessoas dirijo-lhe
estas palavras. Eu, Leonardo de Camargos Martins, não fiquei satisfeito com a
reeleição da Dilma, porém, se achar indícios que o PT fraudou as eleições que
ela seja deposta do cargo democraticamente, como foi com Collor nos anos 90,
mas tira-la do cargo a força igual em 1964 com Jango, e instaurar uma nova
ditadura militar, é algo impensável nos dias de hoje.
Eu, evidentemente, não vivi a
época da ditadura, mas como curioso e gosto de história, a ditadura dos anos 60
e 70, deixou marcas profundas na nossa sociedade, política, economia e cultura,
que, até hoje, tem evidencias. Uma ditadura nos tempos globais só traz o
enfraquecimento do nosso país, não cabe uma nova ditadura neste mundo moderno.
O Brasil precisa de mudanças,
mas que elas sejam feitas no ritmo normal das coisas, com o povo cobrando dos
governantes e não a base da força militar. Sou um democrata e não quero
ditadura militar, aliás, poucos querem a volta.
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