3 de nov. de 2014

Manifesto contra o intervencionismo militar



Uma passeata em São Paulo, que reuniu cerca de 3 mil pessoas no último sábado, surpreendeu pelo tom de radicalismo que norteou o evento. As pessoas estavam ali protestando contra o resultado das eleições e pedindo o impeachment da presidenta reeleita Dilma Rousseff, alegando que o PT conseguiu fraudar as eleições de semana passada (há boatos indicando isto). Mas o que chamou a atenção foi alguns manifestantes pedindo o intervencionismo militar, ou seja, a volta da ditadura militar.

Para estas pessoas dirijo-lhe estas palavras. Eu, Leonardo de Camargos Martins, não fiquei satisfeito com a reeleição da Dilma, porém, se achar indícios que o PT fraudou as eleições que ela seja deposta do cargo democraticamente, como foi com Collor nos anos 90, mas tira-la do cargo a força igual em 1964 com Jango, e instaurar uma nova ditadura militar, é algo impensável nos dias de hoje.

Eu, evidentemente, não vivi a época da ditadura, mas como curioso e gosto de história, a ditadura dos anos 60 e 70, deixou marcas profundas na nossa sociedade, política, economia e cultura, que, até hoje, tem evidencias. Uma ditadura nos tempos globais só traz o enfraquecimento do nosso país, não cabe uma nova ditadura neste mundo moderno.

O Brasil precisa de mudanças, mas que elas sejam feitas no ritmo normal das coisas, com o povo cobrando dos governantes e não a base da força militar. Sou um democrata e não quero ditadura militar, aliás, poucos querem a volta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário