Aqueles que me conhecem sabem que estou vivendo uma fase de mudanças. Então, estou querendo falar mais ainda sobre as minhas experiências, a minha visão de mundo nova. Comecei a escrever para o site Inclusão Diferente e meu primeiro texto foi sobre as inseguranças ou a segurança no namoro que estou tendo.
Escrevo este texto aa carona do texto do Pedro (Eu sou
deficiente e tenho insegurança no namoro). Aos que não me conhecem, farei uma
breve apresentação, sou o Leonardo de Camargos Martins, natural de Belo
Horizonte, tenho 27 anos e tive paralisia cerebral pós-parto, desde então, meus
pais sempre me incentivaram a viver como uma pessoa normal, claro que com
minhas limitações. Luto para ser incluído na sociedade e contra o preconceito
que, infelizmente, a sociedade carrega para com os especiais (não gosto da
palavra deficiente, então uso especial).
A questão amorosa sempre foi
marcante na minha vida, primeiras paixões como qualquer pessoa, desejos,
decepções, esperanças, enfim, tudo que uma pessoa tem de experiências a esse
respeito. Como especial, esta luta para ter um encontro amoroso é mais
complicado, por causa de estigmas que a sociedade impõe para os especiais,
principalmente a pessoa que teve paralisia cerebral. Tive paixões
arrebatadoras, amores não correspondidos, mas nunca perdi a esperança de viver
tudo que um homem tem que viver ao lado de uma mulher. Até que em 2015, através
de um aplicativo de paqueras, conheci uma mulher que enfim pude realizar o
primeiro encontro amoroso e hoje tenho uma namorada que eu amo muito.
Já são quatro meses de namoro, no
início tive uma insegurança como a do Pedro, medos, mas a minha namorada e eu
conseguimos passar segurança um para o outro. Como conseguimos isso? Através de
muita conversa e uma relação sincera e franca, ao longo dó tempo, fomos
crescendo a confiança que temos um no outro e fomos adaptando nossas
particularidades, entendendo o jeito de cada um. Isto é uma coisa fundamental
em qualquer relacionamento, principalmente, os que envolvem pessoas especiais,
devido as suas limitações.
Para um casal que tem um membro
com deficiência, a compreensão e o entendimento da dificuldade do outro é
fundamental, para isto, o casal tem que ser aberto e franco, o que no meu caso
acontece, pois eu e a minha namorada criamos uma relação muito bacana de
confiança e amizade, sempre respeitando o jeito e a vontade de cada um. Creio
que com paciência e calma, o casal pode criar um relacionamento duradouro.
Fonte: http://www.inclusaodiferente.net/2016/01/eu-sou-deficiente-e-nao-tenho.html
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