3 de nov. de 2010

Depois daquela viagem

Eu, confesso, não sou um leitor assíduo de livros, o que é um erro para quem é jornalista, mas tento ler livros interessantes e que tragam mais conhecimento. Bom, chega dessa ladainha sem noção e vamos ao que interessa. Esta semana peguei um livro que já tinha lido para reler, sete anos depois. O livro se chama “Depois Daquela Viagem”, de Valéria Polizzi, que tem uma história interessante.

O livro conta a história da autora depois que ela descobriu que havia sido infectada pelo vírus da AIDS. Valéria contraiu o vírus por um namorado que ela conheceu numa viagem de navio e só descobriu uns dois anos depois. A história se passa no final dos anos 80, uma época em que a AIDS era alvo de muito preconceito no Brasil, era sinônimo de morte, de homossexualismo. Enfim, uma coisa que era muito ruim.

Por isto, Valéria decidiu esconder a doença de todos os amigos, por medo de ser discriminada. A autora-personagem, depois de muitos fracassos na vida acadêmica, resolve partir para os EUA para fazer um curso de inglês, só que ela não tava tomando os remédios que garantiriam a sobrevivência dela.

Em terras americanas, Valéria descobre que os portadores do vírus HIV podem viver uma vida normal e, depois de uma crise em que ela quase morre, decide entrar de cabeça no tratamento e contar para todo mundo ao voltar para o Brasil.

Depois desta explanação sobre o livro, vou dar minha opinião sobre o assunto tratado no livro. O preconceito vivido pelos portadores do vírus HIV é semelhante aos que nós, especiais, vivem, creio que ainda seja pior por se tratar de uma doença contagiosa, mas com todos os tratamentos, os portadores de AIDS podem viver uma vida normal. O livro, por mais que seja passado em uma outra época, mostra os sofrimentos, as angústias e as dúvidas de um portador de uma doença sem cura e que carrega todo este preconceito. Um tema atual e que merece nossa reflexão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário