12 de out. de 2010

O primeiro emprego


No Brasil, nesses dias de hoje, o desafio de arrumar um emprego é muito grande para todas as idades, principalmente para os jovens conseguirem o primeiro emprego. Desafios como falta de experiência, imaturidade e falta de apoio das empresas. No caso do jovem deficiente, este desafio é maior, com a soma destes fatores com a falta de preparo e o preconceito que as pessoas ainda tem com os especiais.

Eu senti isso na pele em minha primeira tentativa de emprego que consegui, não vou citar nome do local porque não gosto de ficar lembrando disto. Foram 15 dias neste local, que realmente não era para eu ficar lá, mas senti na pele a falta de preparo de alguns empregadores para com o especial. Alguns ficam com medo de como reage o especial em certos aspectos.

Diante deste fracasso, que não considero como primeiro emprego, consegui, dois meses depois, o primeiro emprego. Amanhã completo seis meses no NAI (Núcleo de Apoio a Inclusão da PUC Minas) e está sendo uma experiência muito boa na minha vida, pois me fez crescer como pessoa, claro que quero arranjar outros empregos, mas este primeiro emprego será inesquecível na minha vida. Lá as pessoas não tem esse despreparo que alguns locais tem para acolher os especiais com profissionalismo. Nós queremos que sejamos tratados com igualdade de direito.

Obvio que não foi fácil mudar a rotina minha, mas o que quero mostrar, é que os especiais merecem uma chance no difícil mercado de trabalho. Não basta colocar cumprir uma lei que obriga as empresas a colocar especiais, tem que criar mecanismos para a inclusão de especiais no mercado de trabalho, especialmente, no primeiro emprego do jovem especial.

Um comentário:

  1. É isso aí Leonardo! Falou tudo. Muita sorte e sucesso para você garoto. Abraço.

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